As Escolhas de Cada Um....
Pegando o gancho do último post, devo dizer que até compreendo quem larga a profissão para criar os filhos. Não dou meu apoio, nunca faria isso, mas entendo que ainda há pessoas que por razões pessoais acabam virando donas de casa e responsabilizando-se unicamente pela criação dos filhos.
Casamento hoje em dia, ao contrário do que Maria Mariana disse, é um ambiente de compromisso. Eu lavo a louça, você lava as roupas, eu passo, você guarda. Eu levo os filhos na escola, você busca. Eu faço as compras e você paga a empregada. Não tem essa da mulher ter uma outra jornada de trabalho sozinha enquanto o marido está com os pés pra cima, assistindo televisão e tomando cerveja. Não estamos mais em 1950!
Num mundo ideal, um dos pais poderia ficar em casa criando dos filhos, enquanto o outro trabalha. Sem estresses e com um plano B, caso o tal parente em casa fique louco com os rebentos (isso acontece!). O importante, acho, é um conhecer bem o outro e ambos conhecerem bem os filhos. Não adianta nada o pai ter três empregos para a mulher e os filhos ficarem dentro de casa. Assim não vale. Aí é criar o filho sozinha.
Tem crianças que se desenvolvem melhor em ambientes maiores (escolas com milhares de alunos, ensino massificado), outras desenvolvem melhor o seu intelecto em ambientes menores, mais familiares (meu caso). Não sei como se descobre isso numa criança, mas sei que não é ignorando os filhos que os pais vão perceber isso.
Num mundo ideal, uma criança tem pai e mãe até, pelo menos, os 20 anos.
Mas, não vivemos num mundo ideal. Via de regra, um emprego para sustentar um casal com dois filhos (vamos pelo padrão), não dá. Escola, plano de saúde, dentista, supermercado, pelo menos uma faxineira (nem falo de empregada, que já é luxo), mais inglês, natação, vestuário, lazer, o cinema com os amigos, etc. O seguro do carro, o IPVA, as contas de água, luz, telefone, a prestação do apartamento (ou aluguel), o IPTU, o vazamento no banheiro, o presente da professora...
Aliás, pagar é o mais fácil. Difícil mesmo é decidir.
Levar os filhos na escola (o que é ideal, mas nem sempre viável, na minha opinião), ou contratar uma van? Em quais esportes matricular os filhos? Inglês é essencial. Mas se for para escolher um outro idioma, espanhol ou francês? Qual escola matricular? A mais perto de casa ou a mais longe, porém melhor? Com que idade deixar a criança usar transporte público? Na casa de quais amiguinhos deixá-las dormir? E quando elas tiverem namorados? Permitir que um durma na casa do outro? A partir de que idade?
E como educar sem ser tirante e como punir sem ser injusto?
Meu pai "conversava" com o cinto. Cresci não concordando com punições físicas. Mas como não dar um tapinha na mão da criança que está prestes a colocar os dedinhos na tomada pela 5a vez em 2 minutos?
Aliás, como proteger o suficiente para evitar sofrimentos injustos e, ao mesmo tempo, permitir que os filhos cresçam com os próprios sofrimentos? Não dá pra proteger demais e não queremos "soltar" demais. Quanto é o suficiente?
E como contar para uma criança que existem pessoas más. E que elas estão (ou podem estar) nas ruas, nas escolas, na igreja, na casa do melhor amigo e dentro do computador... Como explicar que a maior parte dos abusos cometidos ocorrem dentro de casa ou em lugares frequentados diariamente pelas crianças?
Não. Não estamos num mundo ideal. Não é tudo lindo e maravilhoso e cor-de-rosa. É preto, branco e cinza. A gente tem que escolher o que acha melhor, para nós e para os nossos filhos... E nada disso é fácil...
Casamento hoje em dia, ao contrário do que Maria Mariana disse, é um ambiente de compromisso. Eu lavo a louça, você lava as roupas, eu passo, você guarda. Eu levo os filhos na escola, você busca. Eu faço as compras e você paga a empregada. Não tem essa da mulher ter uma outra jornada de trabalho sozinha enquanto o marido está com os pés pra cima, assistindo televisão e tomando cerveja. Não estamos mais em 1950!
Num mundo ideal, um dos pais poderia ficar em casa criando dos filhos, enquanto o outro trabalha. Sem estresses e com um plano B, caso o tal parente em casa fique louco com os rebentos (isso acontece!). O importante, acho, é um conhecer bem o outro e ambos conhecerem bem os filhos. Não adianta nada o pai ter três empregos para a mulher e os filhos ficarem dentro de casa. Assim não vale. Aí é criar o filho sozinha.
Tem crianças que se desenvolvem melhor em ambientes maiores (escolas com milhares de alunos, ensino massificado), outras desenvolvem melhor o seu intelecto em ambientes menores, mais familiares (meu caso). Não sei como se descobre isso numa criança, mas sei que não é ignorando os filhos que os pais vão perceber isso.
Num mundo ideal, uma criança tem pai e mãe até, pelo menos, os 20 anos.
Mas, não vivemos num mundo ideal. Via de regra, um emprego para sustentar um casal com dois filhos (vamos pelo padrão), não dá. Escola, plano de saúde, dentista, supermercado, pelo menos uma faxineira (nem falo de empregada, que já é luxo), mais inglês, natação, vestuário, lazer, o cinema com os amigos, etc. O seguro do carro, o IPVA, as contas de água, luz, telefone, a prestação do apartamento (ou aluguel), o IPTU, o vazamento no banheiro, o presente da professora...
Aliás, pagar é o mais fácil. Difícil mesmo é decidir.
Levar os filhos na escola (o que é ideal, mas nem sempre viável, na minha opinião), ou contratar uma van? Em quais esportes matricular os filhos? Inglês é essencial. Mas se for para escolher um outro idioma, espanhol ou francês? Qual escola matricular? A mais perto de casa ou a mais longe, porém melhor? Com que idade deixar a criança usar transporte público? Na casa de quais amiguinhos deixá-las dormir? E quando elas tiverem namorados? Permitir que um durma na casa do outro? A partir de que idade?
E como educar sem ser tirante e como punir sem ser injusto?
Meu pai "conversava" com o cinto. Cresci não concordando com punições físicas. Mas como não dar um tapinha na mão da criança que está prestes a colocar os dedinhos na tomada pela 5a vez em 2 minutos?
Aliás, como proteger o suficiente para evitar sofrimentos injustos e, ao mesmo tempo, permitir que os filhos cresçam com os próprios sofrimentos? Não dá pra proteger demais e não queremos "soltar" demais. Quanto é o suficiente?
E como contar para uma criança que existem pessoas más. E que elas estão (ou podem estar) nas ruas, nas escolas, na igreja, na casa do melhor amigo e dentro do computador... Como explicar que a maior parte dos abusos cometidos ocorrem dentro de casa ou em lugares frequentados diariamente pelas crianças?
Não. Não estamos num mundo ideal. Não é tudo lindo e maravilhoso e cor-de-rosa. É preto, branco e cinza. A gente tem que escolher o que acha melhor, para nós e para os nossos filhos... E nada disso é fácil...
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