segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não só o museu vive de passado...

Não acredito ser possível apagar o passado como num simples passe de mágica. A não ser que você seja acometido por uma terrível amnésia, duvido que alguém não seja influenciado pelo passado. A gente aprende com o que vivenciamos, assim crescemos e cada parte de nós é influenciada pela nossa experiência. 

De tempos em tempos acredito ser válido olhar um pouco para trás e ver o caminho traçado. Às vezes temos a impressão que foi mais árduo do que efetivamente foi, ou o contrário. Às vezes sentimos nostalgia de uma época que consideramos dourada em nossas vidas, sem lembrar das dificuldades. A visão acaba, sempre, ficando meio turva. É inevitável. 

Hoje refleti sobre o meu passado. Lembrei-me como odiava a escola onde estudava. Não via a hora de chegar à faculdade, mudar para um mundo diferente, melhor. A faculdade foi, de fato, melhor do que o segundo grau. Hoje considero minha vida melhor do que na faculdade. 

E me pego perguntando o quanto desse ódio foi exagero meu. De fato, eu não contribuia para melhorar a minha percepção da escola e, provavelmente, nem sequer tinha a maturidade para entender que parte da vida é você quem faz. 

Eu sabia que podia ser melhor com um pouco de esforço. Poderia ter tido uma vivência menos conturbada se, ao menos, permitisse alguns ajustes na minha própria conduta. O fato é que, como odiava ir à escola, não me permitia esforçar para fazer do meu tempo lá mais agradável. 

Ontem encontrei um velho conhecido da época de escola. Sim, nosso tempo lá não foi coroado por flores, como conversamos, mas também não eram tantos os espinhos. 

Por fim, não seria a escola que eu escolheria para estudar ou para colocar um filho meu... Mas, vejo hoje que não foi tão ruim assim.
Vivendo e aprendendo...