segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ki Mukeka - Fui e Gostei

Descobri recentemente que, aparentemente, estamos dentro do livro 1984 e falar mal de um estabelecimento comercial é crime, tendo acabado o direito à livre manifestação do pensamento, segundo preconiza a nossa Carta Magna.

Inobstante as ameaças que pairam sobre os blogs que falam sobre qualquer coisa, resolvi falar do Ki Mukeka, onde fui almoçar ontem junto com a família do namorado.

Chegamos e percebemos o ambiente lotado, com algumas pessoas esperando mesa. Enquanto esperávamos, tomei uma coca-zero e, antes de terminar, fomos encaminhados à mesa. O calor de domingo estava insuportável (o restaurante não tem culpa por isso, tá??), portanto pedimos para abaixarem a tenda já que o sol estava ameaçando bater nas costas dos meus sogros. Fomos prontamente atendidos.

Pedimos uma porção de acarajés, uma moqueca de camarão e um badejo com camarão. Dois pratos para cinco pessoas. Quando os acarajés chegaram, já vislumbrávamos as delícias que viriam depois. De fato, não nos decepcionaram. Pratos fartos, fumegantes e saborosos. Comemos muito e ainda sobrou um pouco de comida. Destaque para o pirão que estava impagável.

O atendimento, em geral, foi bom. A casa estava muito cheia e talvez fosse necessário aumentar o número de garçons. E a comida demorou um pouco (que também dá pra ser atribuído à lotação da casa), assim como a conta.

Vale a pena pra quem gosta de uma boa comida baiana.

Ah, nota dez para o restaurante que deixa claro que " A gorjeta é opcional. Só gratifique se você for realmente bem atendido" e o valor individual do couvert artístico. Particularmente, não gosto de músico tocando em restaurante, mas achei legal terem deixado claro.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

As Minhas Preferências


Dizem que os virginianos são movidos por excelência (ou o que a pessoa considera excelência). Se isso é verdade ou não, eu não sei. Só sei que desde pequena, eu gosto do melhor (que, muitas vezes, é o mais caro). Mamãe diz que sou flor de asfalto, nascida para a cidade.

Enquanto não encontro a excelência almejada (que pode não ser a mesma para todas as pessoas), não me prendo a nada. Nem a ninguém. Até hoje não tenho uma manicure boa, apesar de conhecer uma excelente depiladora (que é algo que fiz menos vezes na vida). Meu cirurgião buco-maxilo-facial é o melhor que encontrei. Tal como o meu ortodontista. Minha dentista é a mesma desde que eu tinha 12 anos. Ela é odontopediatra.

Quando foi a vez da minha irmã, em Campinas, procurar um ortodontista, o de Brasília indicou para ela. Quando a minha mãe precisou de uma singela prótese dentária, o cirurgião daqui indicou um bam-bam-bam para ela.

Assim foi a minha vida toda.

Quando quis fazer pilates, fui para a academia que considerei melhor. Quando escolhi o Colo (que não foi impulso como a Sofia) escolhi o melhor. E fui buscá-lo na Argentina.

Para cada 10 profissionais que conheço, provavelmente indico 1. Se tanto. Sou crítica mesmo. Ainda mais com os meus filhos felinos.

A ração deles é a que considero melhor (a Premier - isso pq não consegui a Eukanuba). A areia é a LimpiCat (nenhuma faz torrão como ela). A água é filtrada (se tivesse tempo e paciência, seria fervida também). A castração foi feita na clínica mais bem cotada de Brasília (a Empório dos Bichos).

Num post do blog Cadê o Atum, falou-se da Pety Cats e da Dra. Vanessa. Antes de eu adotar a Sofia, conheci a Pety Cats. Fiquei encantada com o atendimento da vendedora de lá. Hoje temos uma relação de amizade. Quando ela esteve doente, inclusive telefonei no celular dela para desejar-lhe melhoras.

Semana passada tive a oportunidade de conhecer a Dra. Vanessa. Confesso que considerava o consultório um tanto longe, mas, para mim, valeu cada km rodado. E, ao final, nem foi tão longe quanto imaginava. Amei. Exemplo de excelência.

Outro exemplo de excelência em outra área foi o restaurante Bistrô Gourmet no PkShopping. Pena que, na segunda vez em que fui lá, o atendimento não estava lá essas coisas....

Enfim, Brasília precisa, definitivamente, de melhores profissionais.

E tem gente que acha que é crime receber uma crítica.




quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pensamento do Dia

"Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível."

Mahatma Gandhi


Review - The Fantasticks


Em Nova Iorque, longe dos holofotes da Times Square, da grandiosidade dos musicais mais cobiçados, das cifras milionárias, nasceu um dos musicais mais fantásticos do mundo, dono de uma simplicidade impressionante...

Sou apaixonada por musicais. Apaixonada. Na escola eu era a menina nerd que andava com a camiseta larga de banda (ou, no caso, musical). Eu era um ET para os meus colegas, mas nem me importava. No segundo grau tive a oportunidade de participar da montagem da escola do musical The Fantasticks. Só no backstage, pois não sei cantar. Não importava. Decorei todas as falas, todas as letras de todas as músicas.

Em 2000 tive a oportunidade de assistir o musical em NY. Um teatro pequeno, uma produção "Off-Broadway." No teatro não cabia mais do que 200 pessoas (se tanto!) e eu sentei na primeira fila no centro. Às vezes tinha que colocar os pés debaixo da cadeira para não pisarem no meu pé (meu pé já ficava no palco). Perfeito para a história que é contada.

The Fantasticks é atemporal. É um Romeu e Julieta às avessas, onde os pais, que são vizinhos, fingem brigar com a finalidade de que os filhos os contrariem e apaixonem-se. A ideia é que as crianças sempre fazem o contrário do que os pais dizem ("Never Say No"). Quando os pais fingem fazer as pazes, o namoro escondido perde a graça...

Toda a produção é simples. Não há cenários grandiosos (um tablado, um sol de cartolina - que do outro lado é uma lua -, uma caixa com objetos e pronto). Os instrumentos são poucos também (piano, harpa e algum outro que me foge a lembrança). Os atores nunca saem de cena, apenas ficam sentados num canto. É tudo simples. A história é simples, a produção é simples, o teatro é simples. E é a simplicidade de tudo que, creio, faz com que seja o musical que está há mais tempo em cartaz (ano que vem faz 50 anos!).

Pra quem vai a NY, vale a pena. Pra quem não vai, o CD é sensacional também. É o tipo de peça que você sai sorrindo, pois é bem humorada, leve... Eu praticamente interagia com os atores, murmurando as músicas junto, rindo, etc. Demais!

Hoje The Fantasticks está na Broadway, no Snapple Theater. Endereço: 1627 Broadway, esquina com a 50th Street.