quinta-feira, 26 de junho de 2008

Histórias por e-mail


Acontece de vez em quando. Recebo alguma mensagem de e-mail, com uma história absolutamente impressionante e de veracidade duvidosa. Várias vezes descarto, algumas vezes procuro a fonte ou a veracidade das informações.

Certa vez, recebi um e-mail contando de como as desavenças (link para a história) entre Jose Carreras e Placido Domingo foram por água abaixo quando o primeiro teve leucemia e o segundo salvou-lhe a vida. O fato é que nunca houve inimizade entre os dois e, tampouco, ajuda financeira de Domingo quando Carreras esteve (de fato) enfermo. A Fundação Jose Carreras tem desmentido a história que continua pipocando pela internet.

Eis que hoje recebi um e-mail falando sobre como um músico famoso pôde tocar anonimamente um instrumento raríssimo (no caso, um violino Stradivarius, adquirido por US$ 3.5 milhões) no horário de rush, no metrô de Washington D.C. Suspeitei da história quando falou que bons assentos, para o concerto do dia anterior, custavam US$ 1000,00. Achei suspeito. Nem tanto o fato de ninguém parar para ouvir, nem a quantia de dinheiro que recebeu dos transeuntes (meros US$ 32,17 - sim, pessoas jogaram pennies, ou moedas de 1 centavo), mas pelo alto valor do concerto no dia anterior.

Também duvidei que um grande músico iria perder tempo numa experiência tão... bem... maluca.

Como estava com paciência (e um pouco de tempo), resolvi ir atrás. Como sempre, encontrei a história real.

Valor de boas cadeiras no concerto, que ocorreu três dias antes: US$ 100,00.

O resto, praticamente tudo estava correto.

A história é, de fato, até mais impressionante (a realidade, muitas vezes, supera a ficção).

Trata-se do violinista Joshua Bell, um músico de 40 anos que recusa ser chamado de gênio. A experiência/reportagem foi feita pelo Washington Post que, ao preparar para ela, cogitou a hipótes de chamar, caso necessário, a Guarda Nacional, para conter uma possível multidão, caso o músico fosse reconhecido.

Mas eis que 45 minutos passaram sem muito incidente e com, exatamente, uma pessoa reconhecendo-o.

Homens, mulheres, jovens, velhos, brancos, negros, asiáticos...todos passaram apressadamente pelas obras de mestres grandiosos sem, ao menos, olhar para o lado. Apenas as crianças tentavam assistir, ouvir a música, mas logo eram puxadas pelas mãos apressadas dos pais.

Aparentemente, uma criança de três (3!) anos deu mais trabalho que as outras.

Um homem, sem reconhecer o músico, reconheceu a qualidade da música e sentiu-se envergonhado por depositar apenas US$ 20,00 após ouvi-lo tocando por alguns momentos.

A experiência, realizada em 2007, foi filmada por uma câmera escondida e a reportagem encontra-se ainda no Washington Post.

Para quem não entende inglês, dá para encontrar versões em português procurando no Google pelo nome dele e metrô.

Vale a pena.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Rio de Janeiro


Nunca fui muito fã do Rio. Sendo uma flor de asfalto, sempre gostei mais de São Paulo, com seu ar apressado e sério. E, ainda, as últimas duas viagens que tinha feiro pro Rio este ano não foram muito animadoras.

Mas eis que fui pra lá passar uma semana das minhas férias. Assisti o Alessandro Safina (foi um show ótimo), fui ao teatro e presenciei o casamento de uma grande amiga. Pela primeira vez, voltei pra casa com gostinho de "quero mais". Passei a viagem relembrando os dias no Rio e sentindo na pele a vontade de dar meia-volta e passar mais uns dias por lá.

Enfim, voltei pra casa com o estoque de energia renovado. Alimentei minha alma com momentos fantásticos, ao lado de pessoas maravilhosas.

Tudo de bom!

domingo, 8 de junho de 2008

A Noviça Rebelde no Rio de Janeiro



Poucas coisas na vida são melhores do que teatro musical. Ir andando até o teatro, então, é melhor ainda. Eis que então, ontem, dia 06/06/08, fomos assistir A Noviça Rebelde, em cartaz no Teatro Oi Casagrande, no Leblon, Rio de Janeiro.

Eu, como quase todo mundo, assisto o filme desde pequenininha. As músicas, sei de cor. A oportunidade de assistir, então, encenado, foi fantástica e imperdível. A começar pela Kiara Sasso, uma estrela por si só e fantástica em todos os sentidos. O elenco parece estar em sintonia, vê-se o bom relacionamento dos atores adultos com as crianças. É evidente a admiração das crianças pelos adultos e o carinho dos adultos pelas crianças.

A menina que fez a Gretl (a menorzinha), Karin Medeiros, eu queria levar pra casa. Que menina fofa! Uma bonequinha. Chaplin estava certo ao afirmar o perigo que é contracenar com crianças ou animais. Definitivamente roubam a cena.

No fim das contas, só duas críticas. 1) O Herson Capri (que faz o papel do Capitão Von Trapp) não canta. Dá pra ver que ele se esforça, o elenco se esforça, mas ele simplesmente não tem voz. 2) Algumas coisas precisam ser revistas na tradução. Não rola ouvir a música "I am sixteen, going on seventeen" com o cara dizendo que alguém vai acender o fogo dela. E uma fala, lá pelas tantas, que tem um contexto de pedofilia que é trash.

De resto, foi lindo. Destaque para o coral das freiras. Sensacional.

O show valeu cada centavo. Espero poder assistir mais uma vez!