segunda-feira, 22 de junho de 2009

Augusto Cury

Em primeiro lugar, devo dizer que não recebo um só centavo por opinar sobre qualquer coisa no meu blog. Aliás, acho que nem tem gente suficiente para ler meu blog e se sentir influenciada por ele. Mas, tudo bem.

Tenho que dizer sobre os livros "O Vendedor de Sonhos - O Chamado" e "O Vendedor de Sonhos - A Revolução dos Anônimos", que li recentemente (um atrás do outro mesmo, comprei numa promoção ótima). Não vou colocar links pois é facilmente encontrado em qualquer livraria.

O livro (ou os livros), em si, é uma auto-ajuda travestida de romance. Eu não sou muito de livro de auto-ajuda, mas tanto me falaram dele (pessoas que também não gostam de livros de auto-ajuda), que resolvi arriscar meu suado dinheirinho e comprar os dois.

Não me arrependi nem um pouquinho só.

O livro critica tudo o que somos programados a ser/pensar. Ele mexe com os nossos preconceitos, nossos medos, nossas fragilidades. A linguagem é simples, a leitura é fácil e prende com facilidade. Apesar dessa facilidade da linguagem, as ideias são bastante profundas. Apesar de muito ser previsível no enredo, a lição de que podemos e devemos melhorar permanece.

Pra quem gosta, dá para meditar bastante sobre as lições presentes nos livros. Quem sabe, dá até pra melhorar um pouquinho como pessoa, como ser humano, como homo-sapiens. :)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Um de Neruda

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou seta de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.

Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te directamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.
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Porque dia dos namorados tem tudo a ver com Pablo Neruda!

domingo, 7 de junho de 2009

Porque o Dia dos Namorados Está Chegando....

E porque adoro Vinicius de Moraes....

Aí vai um soneto dele que é um dos meus preferidos (e um dos quais sei de cor):

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Como este blog é sobre pensamentos meus, vou adicionar o meu pensamento....

Nem sempre o romance é eterno. Muito pode acontecer nesta vida e separar pessoas que se amavam. O importante é termos a coragem (sim, coragem!) de amar novamente.

Já tive muitas decepções na vida. Eu e 6 bilhões de pessoas no planeta. Muitas vezes questionei se valeria a pena amar novamente. Entregar meu coração ou confiar em outro ser humano. Já passei noites em claro imaginando a vida sozinha e independente. Como seria não precisar de ninguém?

Acabei decidindo que é melhor dar a cara à tapa e seguir adiante mesmo. Senão, de que vale a vida?

A gente erra e sofre e acerta e segue adiante. E vai se arriscando por aí.

E se o amor acaba, se a amizade acaba, se dá tudo errado, que pelo menos a gente aproveite enquanto dura. "Que seja infinito enquanto dure".
Final de Semana Dodói

Começou com um enjoozinho besta. Aquela sensação de que algo não desceu bem, sabe? Aí escalou para náusea, indigestão, vontade de comer absolutamente nada. Eis que sexta feira fui trabalhar e mal conseguia olhar o monitor. Não tive dúvidas, peguei minhas coisas, falei com o chefe e fui para o hospital.

Alguns já torciam por um rebento, mas o médico achou que fosse mesmo uma hepatite. Eu ,que quase doei sangue na semana passada, tremi. Não sabia o que era pior: gravidez ou hepatite.

Um monte de exames de sangue depois, veio o resultado de uma infecção urinária. Menos mal, mas ainda assim, estava fazendo só uma refeição por dia.

Hoje já acordei melhor, mais disposta, com mais apetite. E feliz da vida que foi meu namoradinho quem cuidou de mim :)

PS: A margarida é por causa do filme "Mensagem Para Você" no qual a Meg Ryan ganha um bouquet de margaridas quando está de cama. :)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Oração

Não sou católica, porém cresci numa família que frequenta aquela religião. Acredito, entretanto em momentos com Deus (ou com um ser superior), seja com oração, com meditação... Acredito nessa comunhão entre Deus (ou como quiser chamá-lo) e o homem. Acredito, ainda, que essa comunhão pode ser feita a qualquer momento, em qualquer lugar. Basta, apenas, abrir o coração a isso.

Hoje pensei muito sobre o acidente do post anterior. E me veio à mente uma das orações católicas que acho mais bonitas, a Oração de São Francisco de Assis:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Amém.

Cabe lembrar que, é claro, as palavras não devem ser proferidas sem o sentimento. O que mais importa, para mim, é isso. Acho que devemos sempre falar o que sentimos. Seja uma oração que se saiba de cor, seja um simples "obrigado".

Aliás, cada vez mais, acho que só devemos falar o que sentimos. E só devemos falar o que sentimos de bom. E silenciarmos para o resto.
Vontade de Ficar Junto

Com essa história toda do acidente da Air France, hoje me deu vontade de estar com todas as pessoas que amo. Poder dar-lhes um grande abraço e dizer o quanto as amo. A vida, de fato, passa num suspiro. Quando vemos já passou da hora.

Queria, resumidamente, juntar todos aqueles que amo, todos os que são importantes para mim, todos os que estão longe, os que estão perto, os com quem não falo há séculos, os com quem falo todos os dias, os que moram no lado esquerdo do peito, numa grande festa celebrando a vida que (ainda) temos.

Por uma obra do acaso, um amigo não estava naquele fatídico voo. Levei um susto quando ele me contou sobre isso. E é um amigo que quase nunca vejo, apesar de conversar quase sempre pela internet. Ontem ele viajou para a Europa e eu tive a oportunidade de desejar-lhe uma boa viagem, de dizer que me preocupo com ele e, hoje, pude falar com ele e dizer que estava feliz que ele fez uma boa viagem.

Hoje eu queria viver o dia como se fosse o último e festejá-lo com todos.

E abro as portas para quem quiser falar comigo e quero riscar da lista todas as minhas desavenças.

E que quando vier o sono eterno, que não exista nenhuma mancha de rancor, mágoa ou desentendimentos passados no meu coração.