Movimento Slow Food - Um Estilo de Vida?
Nós, do ocidente, temos pressa, muita pressa. Pressa de chegar ao trabalho, pressa no trânsito, pressa de arrumar emprego, casar, pressa de comer, de viver de respirar. Pressa. Engolimos o almoço e corremos para reuniões. Jantamos hipnotizados pela televisão e esquecemos como é a voz de quem vive conosco. A cabeça está sempre a mil, a adrenalina já faz parte constante da química no corpo e dormir é um privilégio de poucas horas. A ansiedade e algo mais, que talvez Freud explique, faz com que precisemos de algum tipo de "recompensa" constante, muitas vezes encontrada em mais comida.
Hoje após passar por um drive-thru para pegar meu almoço (que foi devidamente engolido em frente ao computador) peguei-me lembrando da vida na França. Que ainda é ocidente, mas tem um ritmo de vida diferente. Os cafés com mesas na calçada, onde pessoas liam descompromissadamente livros best-sellers entre um gole e outro de uma bebida quente e perfumada. Pessoas aproveitando um dia de sol sentadas na grama de algum parque público. Casais apreciando as flores que a primavera trazia.
Mesmo no metro, indo para o trabalho, as pessoas não aparentavam estressadas. Muitas liam, pasmem, Paulo Coelho e sequer olhavam para o relógio com cara de preocupação.
As refeições, tenho a impressão, são feitas nas empresas, às vezes até mesmo acompanhadas de uma taça de vinho (na universidade frequentada pela minha mãe, o vinho era cortesia da casa e as refeições eram caprichadas, com entrada, prato principal, acompanhamento, sobremesa e queijo). As pessoas sentam-se à mesa e comem vagarosamente.
Não sei quando foi a última vez que sentei-me assim, sem preocupar com o futuro, com uma taça de vinho, pedindo entrada, prato principal acompanhado de uma salada leve, sobremesa... e fiquei mais do que duas horas sentada.
Eu sou ansiosa. Confesso. E vivo essa vida corrida. Quando chego em casa e tento relaxar a adrenalina não deixa. Trabalho 8h por dia, almoço sempre perto do trabalho, sempre rapidamente...
Assim que a gente aprendeu. Talvez seja hora de mudar, talvez não. Talvez, é essa pressa que faz com que países fiquem ricos. Ou não aguentem uma crise. Vai saber.
Mas ainda sonho em sentar também num café, acompanhada de um bom livro, e esquecer de tudo isso. Acompanhar esse movimento "slow-food" que, aos poucos, vai conquistando adeptos em degustar a comida, ao invés de devorar. Temos que mudar um pouco esse paradigma de que temos que ter pressa (e, provavelmente, morrer jovem de problemas cardíacos).
Hoje após passar por um drive-thru para pegar meu almoço (que foi devidamente engolido em frente ao computador) peguei-me lembrando da vida na França. Que ainda é ocidente, mas tem um ritmo de vida diferente. Os cafés com mesas na calçada, onde pessoas liam descompromissadamente livros best-sellers entre um gole e outro de uma bebida quente e perfumada. Pessoas aproveitando um dia de sol sentadas na grama de algum parque público. Casais apreciando as flores que a primavera trazia.
Mesmo no metro, indo para o trabalho, as pessoas não aparentavam estressadas. Muitas liam, pasmem, Paulo Coelho e sequer olhavam para o relógio com cara de preocupação.
As refeições, tenho a impressão, são feitas nas empresas, às vezes até mesmo acompanhadas de uma taça de vinho (na universidade frequentada pela minha mãe, o vinho era cortesia da casa e as refeições eram caprichadas, com entrada, prato principal, acompanhamento, sobremesa e queijo). As pessoas sentam-se à mesa e comem vagarosamente.
Não sei quando foi a última vez que sentei-me assim, sem preocupar com o futuro, com uma taça de vinho, pedindo entrada, prato principal acompanhado de uma salada leve, sobremesa... e fiquei mais do que duas horas sentada.
Eu sou ansiosa. Confesso. E vivo essa vida corrida. Quando chego em casa e tento relaxar a adrenalina não deixa. Trabalho 8h por dia, almoço sempre perto do trabalho, sempre rapidamente...
Assim que a gente aprendeu. Talvez seja hora de mudar, talvez não. Talvez, é essa pressa que faz com que países fiquem ricos. Ou não aguentem uma crise. Vai saber.
Mas ainda sonho em sentar também num café, acompanhada de um bom livro, e esquecer de tudo isso. Acompanhar esse movimento "slow-food" que, aos poucos, vai conquistando adeptos em degustar a comida, ao invés de devorar. Temos que mudar um pouco esse paradigma de que temos que ter pressa (e, provavelmente, morrer jovem de problemas cardíacos).
Um comentário:
Vida tão corrida que a gente não tem tempo nem pra almoçar numa segunda-feira... :/
Belo texto, Vi!
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