domingo, 30 de janeiro de 2011

Não Complique! (muito...) 

Diz a Danuza Leão que não devemos complicar as coisas. Devemos comer comida francesa na França, italiana na Itália, americana nunca.

Por mais que eu adoraria seguir esse conselho ao pé da letra, não dá para fugir para Paris toda vez que dá vontade de comer um crème brûlée. Ou para Veneza quando quero comer uma pizza.

Mas eu acho que um pouco de coerência vai bem. 

Por exemplo, se você vai a uma churrascaria, sushi deveria ser proibido (e parece cada vez mais comum!). Numa casa de frutos do mar pedir picanha também me parece estranho. Certas coisas pertencem em certos lugares. 

Assim como você não vai ao trabalho com trajes de banho (exceto se você for um salva-vidas), algumas comidas devem ser consumidas com um certo charme, uma certa harmonia. 

Assim como não combina bife e batata frita num restaurante japonês, comida japonesa não combina com churrasco. Simples assim.

Comida italiana pertence em restaurantes italianos. De preferência aqueles em que o chef tem até aquele sotaque cantado e faz malabarismo com bolas de massa. Se não for posível, um bom cozinheiro paulista serve. :) 

Pode ser frescura minha, mas eu não consigo acreditar que um restaurante francês, por exemplo, seja capaz de fazer um cheddar burguer decente, com direito a molho barbecue e cebolas douradas. Ou um cheesecake melhor do que o do Cheesecake Factory. 

Ou que uma hamburgueria consiga fazer um crème brûlée à perfeição. 

Cada um, creio, deve ficar no seu quadrado. 
Menos o Fellini, restaurante a quilo no Leblon que serve os pratos mais diferenciados e deliciosos que uma pessoa possa imaginar. E o crème brûlée? (já deu para perceber que gosto, né?) E o petit gateau? E o brownie? E os risottos? 

É... Tenho que admitir que toda a regra tem sua exceção.




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