quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Violência Fugindo das Estatísticas

Não quero saber quantas mulheres são agredidas por dia, mês e ano. Agredidas física e emocionalmente. Não quero números. Não quero saber se a maioria vem da periferia ou das grandes cidades. Não importa. Importa saber que ela existe muito além dos números. Ela existe dentro das casas, nas ruas, em outros países. Ela existe e ponto. 
E é trágico. É trágico porque não é divulgada como deveria. É trágico porque ninguém realmente dá bola. É trágico porque existem músicas, cantadas por mulheres, dizendo que "tapinha não dói". 
Tapinha dói. Empurrão dói. Humilhação dói. E tudo isso vai crescendo. A mulher que vai parar no hospital com o braço quebrado depois de uma surra, já levou um "tapinha" antes.
A criança que, morta, estampa os jornais, já levou um tapinha.
E as pessoas que lotam os consultórios de psicólogos e psiquiatras, já sofreram algum abuso físico ou emocional na vida.

E outra que já falei e repito: violência contra seres/pessoas menores ou mais frágeis tem nome - covardia.


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