Vamos esquecer toda a luta que já houve em matéria de igualdade entre os gêneros. Esqueçamos também das nossas mães/avós que lutaram para que tivéssemos independência financeira, que nos deram a oportunidade de lutar pelas nossas vontades.
Obrigada aos alunos/diretores da Uniban por lembrar as mulheres que o lugar delas é no tanque e não numa cadeira universitária.
Há quase 30 anos, minha mãe passou por uma “saia justa” muito mais leve do que essa vivida pela jovem de agora. Ela (horror dos horrores) resolveu cursar uma disciplina “de macho”: geologia. Mais de um professor falou que aquilo não era curso para mulher. Que o dever dele (professor) era de dar notas baixas para as mulheres que resolvessem se aventurar nesse ramo “masculino”. Ela passou com a nota máxima e comigo a tiracolo. Hoje é uma geóloga bem sucedida e que me mostrou, pelo exemplo, que a diferença entre os sexos está na cabeça dos otários.
Um viva, portanto, à Uniban, que me fez imaginar como seria viver em países onde as mulheres não podem trabalhar e só podem sair à rua acompanhada de um homem e vestida dos pés à cabeça com uma tenebrosa burca.
Vamos ser sinceros? O vestido nem era tão curto, nem tão colado, nem tão decotado e mesmo que fosse...
Mais uma vez, parabéns por jogarem fora o progresso, as lutas, as leis, a constituição. Vamos voltar ao tempo do Estatuto da Mulher Casada (oi??), ao tempo em que o homem era dono da mulher e tinha direito de vida e morte sobre ela.
Lembrou-me um caso do pai que estuprava as filhas e disse (em sua defesa!): "Galinha que eu crio, eu como".
Podre, podre, podre.
2 comentários:
E... mesmo que ela seja (ou fosse) prostituta, não poderia fazer uma faculdade aspirando a uma nova profissão? E ainda que pagasse o curso com o dinheiro do "métier"... O QUE É QUE TERIA DE MAIS?
Isso para mim é coisa de diretor/professor com o rabo preso!
Lembrei durante a peça que vi sexta passada dessa frase horrenda da "galinha"...
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