terça-feira, 29 de abril de 2008

Serviço Público


As pessoas acham que o serviço público é aquela beleza. Uma tranqüilidade sem fim...Pensam que, ao passar no concurso público, acabou-se o verdadeiro "serviço". E que, na hora que quiserem/puderem, estando no seviço público federal, serão removidos para o local dos sonhos. Quem sabe uma praia paradisíaca onde se trabalha uma vez por semana, ou talvez numa pequena vila perto de Campos do Jordão.

Ledo engano.

Estou para conhecer uma pessoa concursada que fique à toa. Ou que tenha a remoção aprovada ao seu bel prazer (e não o da administração pública).

Vide o concurso que eu fiz. O concurso foi em Brasília. Os cargos eram para Brasília. A sede fica em Brasília.

Aí escuto gente choramingando que não consegue transferência para outras cidades ou para a cidade de origem.

Tenha a santa paciência.

O que a maior parte da população ainda não entendeu é que, apesar das vantagens do serviço público, a globalização já começou a surtir efeito. Se o Brasil não ficar competitivo, vai ficar para trás. Além disso, o próprio concurso já é uma competição. Uma seleção pelosmelhores. A Administração não está mais se dispondo (via de regra) a servir de cabide de empregos. Claro que ainda não trata os funcionários com a ferocidade da iniciativa privada, mas creio que a gente chega lá.

Essa história de Q.I. significando "quem indica" está acabando. Agora existe cumprimento de metas pesando na avaliação semestral e ponto eletrônico. Pasmem, há dois anos eu faço o relatório anual de receitas de onde trabalho. E é contabilizado cada centavo. E estamos batendo recordes de receita. E cortando servidores terceirizados.

Ou seja, a Administração, aos poucos, está cortando os gastos e aumentando os ganhos. E tem gente que pensava, ao fazer o concurso, que ia ser "moleza".

Moleza? Ha, ha, ha. Ok. É mais fácil do que trabalhar na iniciativa privada, confesso.

Já tem gente na gerência, literalemnte, "pedindo para sair". A qualquer custo. Inclusive ao custo de uma licença não remunerada.

Ainda me impressiona que tem gente reclamando que fez o concurso para Brasília e ficou em Brasília...

Ué...faz o concurso pra cidade que você quer!

O mundo é, cada dia mais, de quem faz por merecer.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Um outro texto....

Continuando com o assunto do post anterior, gostaria de dividir um outro texto que adoro, de uma jovem chamada Sarah Westphal, chamado "Quase", erroneamente atribuído a Veríssimo em muitos sites.

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QUASE (SARAH WESTPHAL)

Ainda pior que a convicção do Não e a incerteza do Talvez é a desilusão de um Quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto!

A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na
indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance. Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente a paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance!

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando; porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

domingo, 27 de abril de 2008

Sim, não ou talvez?


Depois de levar mais um fora monumental (algo que acontece com todo mundo), fiquei pensando em algo que ouvi: "pelo menos você tentou, você foi atrás."

Decidi que a pessoa tinha razão. Claro que se não tivesse investido, não teria me machucado, mas também não teria tido qualquer chance. Ficaria para sempre questionando o que poderia ter acontecido.

Dói levar um fora? Claro que dói. Mas vale a pena tentar o final feliz.

Quando somos adolescentes, temos medo do fora, temos medo até de contar para o garoto que senta na nossa frente que passamos a aula encantada pelo brilho dos fios de cabelo que ele ostenta. Que olhamos sua mão anotando a aula no caderno, que reparamos nos tênis que ele usa todos os dias. Ficamos mudas pois, imagina o "mico" levar o fora daquele menino tão lindo. E se ele contar para os amigos? Que vexame! E, às vezes, nem sabemos que ele fica enfeitiçado pelo cheiro do nosso perfume.

Mas o tempo nos dá um pouquinho de coragem. Claro que, no fundo, ainda temos um medo. Mas chega uma hora em que você se arrependeu já das tantas vezes que ficou calada. Da vez em que, por não tomar a iniciativa, ou por não dar a dica, ficou sem a pessoa que tanto queria. E teve vontade de bater a cabeça contra a parede. E ficou, por meses, pensando "e se..."

Hoje eu sei. Hoje eu sei, pelo menos, tentar. E levar o não com uma certa naturalidade. E levar a vida em frente.

Martha Medeiros tem uma crônica maravilhosa que fala que não se deve colecionar o "não". Que temos que focar no "sim" e o que importa é acreditarmos na nossa capacidade. O título do texto é "Quanto vale um sim". Vale a pena dar uma lida.

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Quanto vale um "sim"

Você consegue um bom emprego na hora que bem entender?

Você descola um amor do dia para a noite?

Se entrar num banco, sai de lá com um empréstimo sem burocracia?

Se você respondeu sim para todas estas perguntas, parabéns.

E fique atento para o horário de partida do seu disco voador, pois a qualquer momento você terá que voltar para o seu planeta.

Entre nós, terrestres, o sim é uma resposta rara. Na maioria das vezes, NÃO há vagas, NÃO querem editar nossos poemas, NÃO temos fiador, a garota NÃO quer ouvir uns discos na sua casa, o garoto NÃO quer usar camisinha e o guarda de trânsito NÃO foi com sua cara e vai multá-lo,sim senhor. NÃO está fácil pra ninguém.

Ao contrário do que possa parecer, esta não é uma visão pessimista da vida. As coisas são assim, dão certo e dão errado.

Pessimismo é acreditar que ouvir um não seja uma barreira para realizar nossos planos.

Tem gente que fica paralisado diante de um não. Nunca mais vai à luta.

Já o otimista resmunga um pouco e em seguida respira fundo e segue em frente.

Quando eu tinha 17 anos, mandei uns versos para um concurso de poesia. Não ganhei nem menção honrosa. Daí entreguei meus versos para o Mário Quintana avaliar. Ele não respondeu.

Neste meio tempo eu estava apaixonada por um cara que ignorava a minha existência.

Quando eu não estava pensando nele, fazia planos de morar sozinha, mas o meu estágio não era remunerado. Aí quis viajar para a Europa, mas não consegui entrar num programa de intercâmbio.

Surpreendentemente, não passou pela cabeça a idéia de me atirar embaixo de um caminhão.

Hoje tenho nove livros publicados (cinco deles de poesia), sou casada com o homem que amo, tenho a profissão dos sonhos e viajo uma vez por ano, e tudo isso sem ganhar na megasena, sem cirurgia plástica, sem pistolão ou pacto com o demônio. O segredo: cada não que eu recebi na vida entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Não os colecionei. Não foram sobrevalorizados. Esperei, sem pressa, a hora do sim. O não é tão freqüente que chega a ser banal.

O não é inútil, serve só para fragilizar nossa auto-estima. Já o sim é transformador.

Sim muda a sua vida. SIM aceito casar com você. SIM, você foi selecionado. SIM, vamos patrocinar sua peça. SIM, a Ana Paula Arosio deu o número do celular dela.

Quando não há o que detenha você, as coisas começam a acontecer, sim.

(texto de Martha Medeiros)


quarta-feira, 16 de abril de 2008

Caso Isabella


Dizem os jornais que a polícia concluiu que foi o pai da Isabella quem a arremessou do 6° andar do prédio onde mora.

Independente de quem tenha sido, não consigo entender como uma pessoa qualquer tem coragem de fazer um mal tão grande a uma criança tão pequena.

Se, realmente, o pai estiver envolvido, a Isabella não será a primeira e nem a última vítima de um pai violento. Milhares de crianças sofrem nas mãos das pessoas que deveriam amá-las e protegê-las. E é isso que me assusta. Como alguém maltrata um filho? Uma criança indefesa? Como alguém, com tal personalidade, ainda tem outros filhos?

Tem horas que penso que deveria haver um exame psicotécnico para procriar...

domingo, 13 de abril de 2008

Um Presente Inesperado

Quiseram que eu apagasse este post. Problema de quem quis...


Hoje acordei com um lindo presente na minha caixa de e-mail. Um testemunho de um certo alguém. Durante um tempo, fomos namorados, mas não deu certo. Quando terminamos, a nossa amizade verdadeiramente floresceu. Ele foi uma pessoa que entrou para me ensinar e, talvez, eu a ele.

Eis o texto integral:

"Virginia é um diamante! É uma jóia rara, uma estrela de primeira grandeza! Não existe uma pessoa como a Virginia! Meiga, doce, carinhosa, atenciosa, esforçada, pura e, sobre tudo, boa! Boa de coração, de espírito de alma! Alguém que não tem igual! Claro que eu sei que cada pessoa é única mas a Virginia é mais que isso ela é alguém que meu coração tem certeza de que nunca encontrará a bondade, a doçura o carinho e a dedicação que encontrei nela. Eu sei que ela sempre estará presente em minha vida e mesmo após ela. E ela é alguém que eu quero assim! Sempre presente! E Quero fazer tudo que eu posso por ela! Tudo que eu já fiz parece tão pouco por alguém que merece tanto! Ela sempre vai ter meu carinho, minha atenção, minha fidelidade, meu amor, minha dedicação e o meu desejo de que tudo que é bom no universo vá para ela. Vi eu te amo! Beijos de alguém que sempre vai te querer bem!"

Um beijo para você. Saiba que sinto o mesmo e quero que nossa amizade seja eterna.
Sonhos...



As minhas amigas riem de mim...e eu tenho que rir junto. Como meus caros leitores já perceberam, estou numa fase cor-de-rosa, por assim dizer, acreditando no amor verdadeiro e em tudo o que ele representa. A música que estou ouvindo agora é "I'm Wishing", da Branca de Neve.

É difícil esconder quem você realmente é das pessoas que lhe conhecem há muitos anos. Para essas pessoas, na minha vida, eu continuo sendo a Alice, correndo atrás do coelho, esticando e encolhendo, conforme a situação e totalmente alheia às dificuldades do caminho. ''

A verdade é que, apesar dos pesares, continuo acreditando nas coisas boas da vida, na bondade do ser humano, na paz, no amor. Obviamente eu tenho meus momentos de ceticismo, mas são raros. Eles ocorrem quando eu quebro a cara, quando me decepciono com alguém, quando vejo pessoas más de verdade. Tudo muda quando vejo um casal passeando por entre as flores.

Talvez eu não tenha juízo, talvez eu não tenha aprendido com os meus erros, talvez eu deva, de fato, parar de sonhar tanto. Com tantos divórcios sendo peticionados diariamente, com tantos crimes cometidos dentro de casa, talvez fosse hora de aceitar o amargo sabor da derrota...talvez...

Mas quem sabe, se eu continuar acreditando, se eu continuar pedindo, rezando por um mundo melhor, quem sabe eu não servirei de exemplo para outras pessoas? Quem sabe, um dia, terei o meu conto de fadas? Quem sabe, um dia, o mundo aprenderá a amar?

Se sonhar não custa nada, por que, então, tantas pessoas pararam de sonhar? E se fosse ensinado nas escolas que nós somos o que nós escolhemos ser? Se eu estou plantando uma semente de esperança, quem sabe, um dia, alguém usufruirá da minúscula semente plantada? Quem sabe...

Por que não?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Maitê Proença

Eu acho a Maitê Proença um luxo. Além de ser engraçadíssima, é uma excelente escritora, com histórias fantásticas e um estilo único.

Hoje li uma entrevista em que ela fala algo que eu concordo plenamente: "Tem males que vêm em benefício. Mas sou uma pessoa apaixonada, gosto de me apaixonar. E não aprendo que dói."

Maitê, querida, somos duas. Me apaixono muito e sempre e nunca aprendo. Quebro a cara sempre, na esperança de, um dia, surpreender-me. Dou de cara com o chão, com a porta, com a parede, levanto, e faço tudo de novo.

A vida sem paixão é como a comida sem sal. Não tem graça, não tem gosto. E quando a paixão cresce, amadurece, e vira amor, aí é como um lindo dia de sol. Fica tudo lindo, iluminado e não percebemos mais as sombras da vida.

Também, assim como ela fala na entrevista, eu me jogo sobre as coisas. Acho um desperdício viver na sombra, viver de uma forma morna. Já vivi assim e não recomendo. Não que eu seja adepta de fortes emoções, mas acho que a vida tem que ser vivida e viver quer dizer amar, sofrer, chorar, sorrir...mas, sobretudo, amar.
Um Novo Vício



Um amigo meu me indicou (e eu adorei) o cantor Alessandro Safina. É um tenor italiano maravilhoso. Das músicas que ouvi até agora, as minhas preferidas são Luna e Insieme a Te. Que voz linda! Que músicas maravilhosas!

Agora estou procurando o DVD dele para comprar. Não é nada fácil. Até agora, só em sites europeus.

Quem tiver a oportunidade, confira essa maravilha da música. A voz dele consegue ser suave e marcante, sensível e forte e parece penetrar na alma. Mesmo para quem não entende italiano, a música emociona.

Não sei se ele já veio ao Brasil fazer algum show...mas se ele vier, eu vou assistir.
Senhor(a) Anônimo(a)....


Tenho recebido comentários anônimos em referência aos meus posts. São comentários carinhosos e pertinentes, por isso tenho publicado cada um que aparece.

Entretanto, estou curiosa em relação a esse leitor assíduo e gostaria que se identifique.

Agradeço a todos os que acompanham meu blog!

Abraços carinhosos!

domingo, 6 de abril de 2008

Sonhos


A habilidade de sonhar acordado começa na infância, com os primeiros brinquedos, como blocos de montar super-gigantes. Sonhamos com tudo, a vida, na infância é um sonho em si, com um universo inteiro de cores, texturas, sons, aromas, sabores, a ser desvendado. Há um mundo de possibilidades para nós. Tudo, absolutamente tudo, pode acontecer dali em diante.

Quando somos crianças, podemos ser médicos, advogados, astronautas, engenheiros, jornalistas, cantores, dançarinos, atores, viajar o mundo num barquinho de papel ou no rabo de uma pipa. Nem o céu impõe limites. Somos imortais, pois não temos, ainda, idéia da morte. Mudamos de sonhos com a freqüência que mudamos de roupa. E sonhamos com tudo! Até mesmo um prato de brigadeiro só pra gente, ou uma travessa de bolo saída do forno.

Impossível não existe aos 5 ou 6 anos. É uma palavra tão desconhecida quanto infinito. Os sonhos vão multiplicando com o número de amiguinhos presentes. E cada dia é uma nova descoberta. Sentimo-nos o centro do mundo.

Talvez haja uma certa maravilha na ignorância, como diz o ditado "ignorance is bliss" (ou, a ignorância é felicidade, numa tradução livre). Conforme vamos crescendo, as oportunidades parecem ser filtradas. Somos encaminhados ou vamos caminhando para um destino mais concreto e menos utópico.

Na adolescência vem o turbilhão de emoções. Além da alteração nos hormônios e no próprio corpo, é mais ou menos por aí que encontramos os primeiros obstáculos e as primeiras decepções. Já sabemos que não somos imortais e já enfrentamos bastante dor. Ainda há, na adolescência, o vestibular, a escolha da profissão. Não podemos mais ser astronauta na segunda, cantor na terça, médico na quarta, engenheiro na quinta e ator na sexta. Temos que escolher que caminho trilhar dali para frente.

Na faculdade começamos a ser tratados como adultos. Muitas vezes, quando surgem as dúvidas, sequer temos a quem recorrer. Não há manual de sobrevivência e, dificilmente, amigos de infância em quem se apoiar. Não sabemos, ainda, quais livros são bons e quais são ruins. Não sabemos em quem contar. Há uma centena de pessoas nas salas, corredores, bibliotecas e ninguém parece ter tempo para ajudar o "calouro".

Não somos mais o centro do mundo.

A vida está mais difícil e mais sem sentido. Crises de identidade, depressão, tudo faz parte. Sentimo-nos inadequados para tudo isso. Mais decepções estão no horizonte. Às vezes tudo parece dar errado.

A vida adulta não é mais fácil. Estágio, primeiro emprego, processo seletivo, concurso. Uma infinidade de novas palavras que, quando crianças, nem vislumbrávamos a existência. O imposto, tão certo quanto a própria morte.

Quando menos esperamos, perdemos a capacidade de sonhar. Os planos para o futuro limitam-se a um plano de aposentadoria e a poupança para as férias. As responsabilidades, cobranças sufocam até nossos pensamentos.

De repente temos a impressão que caímos na vida de outra pessoa. Não é possível que a criança despreocupada tenha virado essa pessoa. Aliás, não reconhecemos nossas faces no espelho. Aqueles fios brancos, aquelas rugas só podem ter aparecido durante a noite. E cadê a vida que imaginávamos? Aonde foram parar todos aqueles sonhos?

Se conseguirmos, então, parar, podemos ver que o futuro ainda permanece em branco. Que não é tarde para sonhar e que a vida pode ser diferente. Ainda podemos reinventar os sonhos, ainda que não possamos mais ser astronautas. Mas podemos jogar fora todas as nossas mágoas de decepções passadas e tentar novamente. Um novo vestibular, um novo amor, uma nova chance. Podemos, inclusive, buscar o perdão de erros passados e cometer novos erros.

E, assim, podemos alterar o rumo da nossa história.


quinta-feira, 3 de abril de 2008

Jumento não é, Jumento não é...



Às vezes eu acho que as melhores pessoas são as maiores vítimas de patadas. É incrível, você é gentil, atenciosa, amigável e, do nada, leva um coice. Ou uma patada. Tanto faz. E dói.

Seu "Feliz Páscoa" no msn é retrucado com um "olha, estou ocupado, desculpa", sendo que um "pra vc tb" ocuparia bem menos espaço e seriam menos letras para digitar.

Lembro que, certo dia, ao chegar na escola (ainda no primeiro grau), dei bom dia ao professor, que já estava na sala de aula. A resposta: "bom dia por quê?"

Desculpa por eu existir. Tudo bem que, aí, foi uma piada. Mas não deixou de ser marcante na minha vida. Acho que me mostrou que ainda viriam muitas patadas na minha vida. E cada dia vem uma nova, sempre me ensinando que, por melhores que sejam suas intenções, sempre tem um idiota no meio do caminho para estragar o seu dia.

O pior é quando você, pobre pessoa gentil, precisa de ajuda, ou quer desabafar. Aí complica de vez. Ainda mais se o assunto é ex. Você desabafa, baixinho, dizendo q viu Fulano no shopping, virou as costas e mudou seu rumo e o coração apertou, para receber como resposta um "mas você é idiota? Por que ainda gosta daquele imbecil."

Mais uma vez, desculpa por eu existir.

Ultimamente, não sei bem porquê, tenho recebido patadas de todos os lados. Daqui a pouco eu canso de tentar me explicar e mando todo mundo para o inferno. Ou melhor, mando meu amigo diplomata mandar todos para o inferno. Assim as pessoas vão querer comprar a passagem.

"Vendo viagem para um local de clima tropical, calor todos os dias por ano. Noites agitadas e mulheres calientes. Diversão garatida todos os dias da semana. Ninguém se importa em ganhar chifres. Entre em contato com seu agente de viagens."

É. Tá quase bom. Meu amigo conseguirá incrementar o anúncio.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Tempo


O tempo pode ser nosso maior inimigo ou nosso maior aliado. Quantos problemas não são resolvidos por ele? Quantas vezes não conseguimos resolver um problema que o tempo se encarrega de resolver? Quantas paixões platônicas não são "curadas" pelo tempo? E quantas rugas não ganhamos no mesmo período.

Dar tempo ao tempo quer dizer, muitas vezes, desistir, ainda que temporariamente, de um projeto, de uma paixão, de uma vontade. Dar tempo ao tempo para crescer, mudar, modificar uma situação.
Quando tudo parece perdido, tento esperar. A espera, muitas vezes, cansa. Nem sempre traz o resultado desejado, mas quase sempre modifica a situação. Além do mais, nada como uma noite bem dormida para conseguir ver tudo com outros olhos.

Agora é tempo de espera. De saber o momento certo de plantar a semente para colhê-la mais tarde. Se vai vingar ou não, só o tempo para dizer.