quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Desafios

O ano começou e vai terminar com desafios (estou falando mais especificamente no trabalho). A tão-sonhada gratificação está saindo do forno, e torço para ser publicada no DOU antes do fim do mês. Mas, apesar dos pesares, isso é o de menos.
Está difícil sair do trabalho "na hora". Às vezes sinto afogar em um mar de processos e demandas sem fim. E eu, que sempre tentei ser invisível acabei tornando figura presente em reuniões, com pessoas importantes me chamando pelo nome, solicitando e ouvindo as minhas opiniões. 

É engraçado isso. Aconteceu meio do nada, depois de receber um pedido de ajuda. E me fez lembrar da adolescente que não se conseguia imaginar cabulando aula. 

Tudo isso serviu para me mostrar que, na verdade, somos meio que movidos a desafios. Ninguém consegue evoluir se não enfrenta dificuldades, se não precisa se esforçar. E, no serviço público principalmente, são muitas as pessoas que fazem pacto com a mediocridade - faz o mínimo necessário e nada mais. 

Acabo me redescobrindo. E isso tem sido um feliz aprendizado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Meus Momentos de Criança



Outro dia acordei criança. Estava em São Paulo para conhecer os estúdios Mauricio de Sousa. O endereço continuava o da Rua do Curtume, aquele que sempre vem nas revistinhas. Como a visita era à tarde, passei a manhã ansiosa. Queria ir logo. Queria realizar esse sonho de criança de menos de 10 anos que existe dentro de mim. 

Fui. Tirei fotos. Tietei. Conheci o trabalho por trás da magia. O trabalho dos desenhistas, coloristas, arte-finalistas. Passeei por salões com sorriso estampado. Vi a biblioteca e ri sozinha lendo alguns gibis. 

É, existe uma criança dentro de cada um de nós.

Eu levo uma vida um tanto séria. Sou séria no dia a dia. Fiz direito, tenho uma postura, muitas vezes, distante. Tudo isso foi esquecido nesse dia. Pulei como criança. Ri. Brinquei. Tive palpitações aguardando ser chamada para a visita.

De volta à rotina exaustiva do dia-a-dia, ainda estou com a cabeça um pouco nas nuvens, feliz pela experiência. São Paulo sempre me faz bem. 

Engraçado que a cidade séria deste país é a que várias vezes me proporcionou momentos de leveza, de alegria e, sem dúvida, de tietagem. Aliás, para tietagem, São Paulo me é insuperável (no Brasil...no exterior é NY). 

Cansei de pegar autógrafos em São Paulo. Peças de teatro e, claro, tudo ligado à Turma da Mônica. Sim, tenho autógrafos do Mauricio de Sousa e boa parte de sua equipe. 
Nisso eu sou eternamente grata a um amigo: o Flávio. 

Espero não perder esse lado infantil. Espero não sufocar a criança que existe dentro de mim. 
Espero visitar mais vezes o estúdio e os amigos que lá trabalham.

Preciso lembrar que a vida não é tão séria... E que todos nós precisamos ser um pouco tolos.